#GirlPower: Coco Chanel
Vamos falar sobre mulheres. Mulheres incríveis que transformam o mundo e impactam a vida das pessoas com seu trabalho e personalidade. Começamos hoje a série #GirlPower e convidamos você para uma jornada de inspiração! Veja aqui a história da mulher que revolucionou o mundo da moda e se tornou referência mundial de superação, bom gosto, muito estilo e que conseguiu ter o nome presente na lista das cem pessoas mais importantes da história do século XX: Coco Chanel.
Infância de Coco Chanel
Seu nome de batismo, Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu em 1883 na França, e engana-se quem imagina que ela veio de um berço de ouro europeu. Era filha de Eugénie Jeanne Devolle, mãe solteira (o que já era muito para a época) e lavadeira, que casou com seu pai, Albert Chanel, um ano após seu nascimento, um simples vendedor de rua que anos depois abandonou a família.
Coco teve mais cinco irmãos, Julia-Berthe, Antoinete, Alphonse, Lucien e Augustin, que faleceu ainda criança, e para completar uma infância nada glamourosa, a pequena foi registrada em cartório com o sobrenome “Chasnel”, devido sua mãe estar muito doente e seu pai viajando, não puderam nem ao menos estarem presentes no registro de nascimento.
Quando tinha apenas 12 anos, sua mãe faleceu prematuramente de asma, com apenas trinta e um anos de idade, e seu pai a levou junto às suas irmãs para um orfanato católico, sua casa até os 18 anos. Depois de completar a maioridade Coco decidiu morar em uma pensão para meninas católicas em Moulins, também mantida por freiras, mas onde ganha um pouco mais de independência e reencontra sua tia quase da mesma idade, Adrienne. As duas partilhavam de grandes sonhos, e foi na pensão onde aprenderam a costurar, uma habilidade que as levou para trabalhar na Maison Grampayre, um ateliê especializado em enxovais, onde puderam dividir um quarto alugado e irem em busca da transformação de vida.
Chanel como Cantora
Por volta de 1907, Coco ainda buscava mudanças em sua trajetória e se enxergava rumo à carreira de artista, então logo começa a se apresentar como cantora em um café-concerto, justamente onde ganha seu apelido, muito possivelmente por conta das duas das canções que interpretava, “Qui qu’a vu Coco dans l’Trocadéro” e “Ko-ko-ki-ko”. Foi neste café-concerto que Coco conheceu Etienne Balsan, um jovem militar muito rico, herdeiro de uma fábrica de tecidos que confeccionava uniformes para o exército.
Balsan leva Coco para seu “castelo”, e os dois vivem um romance onde Coco o divide com mais uma concubina. Mais tarde Coco o deixa para viver seu grande amor, o que não foi motivo para destruir a amizade que durou por toda a vida. Até porquê, foi essa amizade colorida que levou Coco Chanel para a alta classe francesa, onde teve acesso a lugares restritos à elite e contato com pessoas importantes da burguesia da época, o que foi primordial para mudar o rumo de sua vida.
A mudança na vida de Coco
Com um novo círculo de amigos e uma história já em transformação, inclusive por invenções a cerca de sua origem que era escondida, Coco conhece o milionário Arthur Edward “Boy” Capel, o inglês que se tornaria o homem de sua vida. Foi ele quem a ajudou a criar sua primeira loja de chapéus, e que patrocinou o início de sua carreira. Boy Capel chegou a se casar com outra mulher, mas ainda assim os dois mantiveram um relacionamento como amantes por dez anos (inclusive há rumores de que Coco tenha namorado Boy Capel e Balsan ao mesmo tempo por dois anos), até que Boy Capel sofreu uma trágica morte em um acidente de moto, muito provavelmente indo ao encontro de Coco para passar o Natal.
Papel de Coco na História da Mulher
Após a morte de Capel, Coco Chanel se dedicou ainda mais à carreira e abriu sua primeira casa de costura, o ambiente que lhe proporcionou as inovações que a destacaria no mundo. Foi ali onde começou a criar roupas desportivas, para andar à cavalo e (pasmem, porque sempre é incrível ouvir isso) a primeira calça feminina, entre tantas outras peças disruptivas à época, como a implementação do preto em looks femininos, quando era basicamente usado para representação do luto, e acabou por se tornar um sinônimo de sofisticação.
Chanel, pode-se dizer, ajudou a redesenhar a silhueta e a figura da mulher, entregando a ela a mulher que queria ser, e não apenas peças de vestuário, sapatos e acessórios, tudo o que criou sempre se tratou de personalidade feminina. Entregou à mulher o poder de escolher usar roupas confortáveis e de luxo, de descobrir acessórios masculinos como mescla em seus looks, de mostrar suas pernas, de não ter a necessidade de usar apenas jóias verdadeiras, de poder tomar sol e se bronzear sem medo de ser feliz, de que o menos poderia (e seria) mais. E tratando-se de personalidade, até seu corte de cabelo se tornou único, o eterno corte “Chanel”.
Coco Chanel, que não fechou o coração mesmo com a perda de Boy Capel, se apaixonou anos depois por um russo chamado Dmitri Pavlovich Romanov, grão-duque fugido da Revolução, que inspirou a estilista em peças com bordados de folclore russo, período em que pôde conhecer grandes nomes da arte como Pablo Picasso, e mais tarde se apaixonou novamente por Hugh Richard Arthur Grosvenor, duque de Westminster e, sem dúvida, a maior fortuna da Inglaterra. Foi o duque quem a apresentou ao primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Chanel Ganha o Mundo
Em meados de 1920 a menina de origem humilde já havia ganhado o mundo e era conhecida e reconhecida internacionalmente por seu trabalho, vestindo estrelas de Hollywood e ditando a moda pelo mundo. Seu trabalho só cresceu e se destacou, não só em suas coleções de vestuário e acessórios, mas também na área de fragrâncias, especialmente com a criação do Chanel Nº5, perfume que terminou de coloca-la no topo do estrelato, muito impulsionado por Marilyn Monroe, que na época confessou em uma entrevista que dormia sem roupas e usando apenas três gotas do perfume, o que o fez estourar em vendas.
Em tempos de Segunda Guerra Mundial, Coco fechou sua loja em Paris por tempo determinado, mas continuou no país, o que acarretou em uma nova paixão na sua vida. Durante a ocupação alemã, em 1940, se apaixonou pelo alemão Hans Dincklage, um militar da inteligência com quem manteve um relacionamento que prejudicou um tanto sua carreira, pois quando reabriu sua casa os franceses, que não apoiaram o romance, deixaram de comprar. Com alguma dificuldade financeira por conta do ocorrido, Coco chegou a mudar-se para a Suíça e a focar suas vendas para fora da França, mas nada que a derrubasse, alguns anos depois Coco voltou para França, onde reinaugurou seu ateliê e viveu o restante de sua vida.
Falecimento de Coco
Com uma bonita história escrita com muita reviravolta, esforço, talento e amores, Coco Chanel faleceu em 1971, já em Paris, no Hôtel Ritz Paris, lugar onde viveu por alguns anos, mas seu corpo foi levado para a Suiça e sepultado no cemitério Bois-de-Vaux, Lausana. Até hoje, e possivelmente enquanto houver moda no mundo, será impossível não tê-la como referencial de bom gosto e alta costura. Chanel entrou e deixou esse mundo para se tornar eterna.
Chanel Atualmente
Pelos últimos trinta anos o designer da casa Chanel foi o estilista alemão Karl Lagerfeld, que faleceu no início desse ano de 2019, em 20 de Fevereiro. Atualmente o poderoso e importante bastão foi entregue a Virginie Viard, que até então era diretora de estúdio.
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