Estilo e glamour são palavras de ordem quando o assunto é a marca Balenciaga. Apesar de pertencer ao Grupo Gucci desde 2001, a grife foi criada pelo designer espanhol Cristóbal Balenciaga, que reinou como um grande ícone do mundo da moda por décadas a fio. Hoje vamos contar a história de criação deste verdadeiro império, desde sua fundação.
O início de tudo
Cristóbal Balenciaga nasceu na região basca da espanha em 1895. Filho de pescador e costureira de vida simples, acabou apadrinhado pela marquesa da Casa Torrés. Foi então que tudo começou, quando a senhora o apresentou, pela primeira vez, às criações da alta costura. Aos 12 anos, então, desenhou seu primeiro vestido. Precoce, não é mesmo?
Decidiu levar o ofício de alfaiate como profissão, abrindo seu primeiro ateliê em 1918. Seu estilo único arrancou os olhares da aristocracia espanhola. O sucesso foi tanto que, em pouco tempo, já havia aberto unidades em Madrid e Barcelona, atendendo, inclusive, a corte e a família real.
Infelizmente, a Guerra Civil espanhola começou, assolando o país. Em três anos de duração, quase um milhão de mortes foram contabilizadas. Cristóbal Balenciaga se viu obrigado a fechar seus negócios e fugir para Londres.
Balenciaga parte para a França
Com seus empreendimentos fechados o designer decidiu que começaria uma nova vida na cidade luz, Paris. Partiu para a França na esperança de um futuro brilhante e assim o fez.
Abriu, em 1937, A Casa Balenciaga. Logo na primeira coleção lançada, o sucesso foi estrondoso — tanto com a imprensa, quanto com o público.
Apesar do triunfo, não deixou sua essência de lado, sempre com seu jeito de ser discreto. Designers de todo o mundo passaram a admirar seu trabalho. Christian Dior, certa vez, disse: “A alta costura é como uma orquestra da qual apenas Balenciaga pode ser o maestro. Todo o resto de nós somos apenas músicos, seguindo as direções que ele nos dá”.
O trabalho do espanhol sempre teve como maior referência a cultura e a história de seu país. Uma das mais reconhecidas de suas coleções foi desenvolvida em 1946, usando como principal inspiração as touradas e seus boleros.
Cheio de inovações, em plenos anos 1950, decidiu que desfilaria sua coleção apenas após a Semana de Moda. Proibiu as fotografias em suas apresentações e trouxe modernidades como o vestido túnica, o babydoll e o vestido-camisa.
Aposentou-se e faleceu em 1972. Junto com ele, permaneceu a marca, esquecida por décadas. Porém, em 1997, o renascimento aconteceu. O francês Nicolas Ghesquière fez a grife entrar novamente no rol do luxo, evoluindo sua imagem e identidade.
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