Diante de tantos encontros entre etnia e moda, surge uma poderosa pergunta: Onde estão os negros e negras da moda? Quantos estão à frente de marcas com visibilidade? Onde apresentam suas palestras, suas iniciativas? Estão nas capas de revistas? Estampando matérias?
O baixíssimo número de negros envolvidos no mercado não se dá por falta de iniciativa ou falta de capacidade. O racismo, por vezes sutil mas em grande parte escancarado, é uma luta contra a humanidade. Com trabalhos inviabilizados e narrativas condicionadas, viver em um mundo em que a moda seja igualitária é um sonho pouco alto para o afroempreendedorismo. A representação ainda é muito baixa, e não é porque não existem profissionais negros qualificados, mas não existe espaço nesses lugares de destaque, e a responsabilidade da moda é canalizar sua força para que abram-se espaços onde negros deixem de ser marginalizados no mercado, podendo alcançar outras histórias. As histórias que quiserem.
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